Dados do Trabalho


Título

EPIDEMIOLOGIA DAS INTERNAÇOES E OBITOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO EM SANTA CATARINA

Fundamentação teórica/Introdução

De forma hegemônica, as causas cardiovasculares de morte predominam em uma expressiva parcela das populações, o Infarto agudo do miocárdio (IAM) corresponde, em Santa Catarina, a um importante fator epidemiológico de mortalidade.

Objetivos

Relatar a prevalência das internações e óbitos por infarto agudo do miocárdio em Santa Catarina (SC) de 2012 a 2021.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, de abordagem quantitativa e descritiva, com dados coletados entre janeiro de 2012 e dezembro de 2021. A análise se deu pelo total de internações e óbitos por local de residência devido ao IAM em SC. A coleta de dados foi realizada através do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), obtido da plataforma DATASUS.

Resultados

Do total de 52.653 internações (34.649 do sexo masculino e 18.004 do feminino) devido ao IAM em SC, Joinville foi o município com maior incidência, 4.473 (8,49%). Com relação aos óbitos, de um total de 4.996 ocorrências (2.942 do sexo masculino e 2.054 do feminino), Joinville lidera com 8,87% (443). O ano com maior número de internações (6.414) foi 2019, contudo, com uma taxa de mortalidade, em relação ao número de internações, de 10,07% (1,48% maior que 2019), 2018 foi o ano com mais óbitos (575). Na faixa etária de menos de 1 a 49 anos, observou-se um total de 7.939 internações, sendo 2.166 (27,28%) no sexo feminino e 5.773 (72,72%) no masculino, já na faixa acima de 50 anos houve 44.714 hospitalizações, 15.838 mulheres (35,42%) e 28.876 homens (64,58%). 33,13% (109) dos óbitos na faixa etária de menos de 1 a 49 anos foram de mulheres e 66,87% (220) de homens, na faixa acima de 50 anos observamos a mesma tendencia das internações, com 58,33% (2.722) dos óbitos no sexo masculino e 41,67% (1.945) no feminino.

Conclusões/Considerações Finais

Foi possível concluir que existe uma discrepância entre o número de casos e de indicadores de gravidade de ambos os sexos. Além disso, observou-se uma predominância no sexo masculino, dessa forma, infere-se que tal diferença decorra de fatores como hábitos de vida e também aos efeitos fisiológicos como o cardioprotetor do estrogênio endógeno. Em faixas etárias mais avançadas, foi possível verificar uma diminuição dessa diferença, uma vez que, nas mulheres, ocorre a queda do fator estrogênico.

Palavras Chave

Prevalência; infarto agudo do miocárdio; internações; óbitos.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC - Santa Catarina - Brasil

Autores

EMERSON PELLIN, NATÁLIA DRESCH SOLDATELLI, GUILHERME FRANCISCO SELARIN