Dados do Trabalho


Título

Câncer de mama no contexto da pandemia de COVID-19: implicações diagnósticas no estado do Tocantins

Fundamentação teórica/Introdução

O câncer de mama é uma doença genética que resulta da multiplicação desordenada de células anormais da mama (COSTA, 2021). O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento, porém com o início da pandemia pelo SARS-CoV-2 no Brasil, a realização de exames para detecção dessa doença ficaram prejudicados (CUNHA, 2021).

Objetivos

Realizar uma análise comparativa da quantidade de exames de mamografias de rastreamento e de diagnóstico feitas no período pré-pandemia (2018 a 2019) com o período da pandemia (2020 a 2021).

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo clínico epidemiológico transversal, descritivo, retrospectivo e quantitativo tendo como base os dados disponibilizados pelo Departamento de Informação e Informática do SUS (DATASUS), sobre os diagnósticos de câncer de mama de mulheres no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2021. Os dados obtidos foram tabulados e dispostos em gráficos por meio do programa Microsoft Office Excel® (versão 2016).

Resultados

Foram realizadas 20.682 mamografias nos anos de 2018–2019 e 15.048 nos anos de 2020–2021. Portanto observa-se uma queda expressiva de 27,24% na quantidade de mamografias realizadas no período da pandemia. Quanto à indicação dos exames no período pré-pandemia, 20.325 (98%) foram mamografias de rastreamento e durante a pandemia foram realizadas 14.788 (98%). Em relação as mamografias diagnósticas, em 2018–2019 tivemos 340 (2%) e em 2020–2021 tivemos 255 (2%). A análise detalhada das pacientes que realizaram mamografia de rastreamento, demonstrou que houve uma queda na população alvo durante o período de pandemia, pois em 2018 8.543 mulheres realizaram a mamografia, em 2019 foram 10.079 enquanto que, no ano de 2020 e de 2021 foram 5.877. Por outro lado, ocorreu um aumento principalmente no grupo de pacientes já tratadas do câncer de mama que estavam em seguimento, tendo em vista que em 2018 e 2019 foram realizadas respectivamente 209 e 348 mamografias neste grupo de pacientes, enquanto que em 2020 foram 247 e 2021 foram 305.

Conclusões/Considerações Finais

A pesquisa revelou que no período da pandemia ocorreu uma redução considerável do número de mamografias realizadas. Foi possível notar também que apesar do número menor de mamografias realizadas, especificamente de rastreamento, a porcentagem de mamografias com indicação diagnóstica foi semelhante. Isto pode sugerir que as pacientes no estado do Tocantins que realizaram mamografias com indicações clínicas não sofreram influência da pandemia.

Palavras Chave

Câncer de mama. Diagnóstico. Pandemia.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Categoria

Trabalhos Científicos

Instituições

UNITPAC - Tocantins - Brasil

Autores

NAYANE BUENO DA SILVA, VIVIANNE ARAÚJO ROCHA, LARISSA MIRANDA AMORIM, LAURA CAMAROTA BORGES, NADER NAZIR SULEIMAN