Dados do Trabalho


Título

CRISE NÃO EPILEPTICA PSICOGÊNICA : RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

As crises não epilépticas psicogênicas (CNEP) ainda são pouco entendidas não existindo critérios clínicos positivos, não havendo consenso sobre sua definição, podem ser consideradas como respostas experimentais e comportamentais involuntárias a gatilhos internos ou externo, não sendo acompanhados por alterações patológicas na fisiologia cerebral, parece ocorrer em uma ampla gama de origens raciais e culturais sendo mais prevalente no sexo feminino, possuindo incidência estimada de até 4,90 por 100.000 pessoas por ano

Objetivos

O objetivo desse estudo é relatar um caso de crise não epiléptica de causa psicogênica

Delineamento e Métodos

Estudo observacional, descritivo, do tipo relato de caso, realizado no ambulatório de neurologia no Centro Regional de especialidades em Francisco Beltrão / PR

Resultados

Sexo feminino, 56 anos, baixa escolaridade com queixas de “convulsões” iniciados há 20 anos, ao presenciar a morte do filho. Desde então apresenta crises recorrentes com as mesmas característica onde o corpo permanece rígido com movimentos desincronizados, sem perda esfincteriana. Os episódios estão diretamente relacionados com fatores emocionais, como estresse e ansiedade, variando de freqüência, cerca de duas vezes na semana, procurou várias médicos e uso de diversos anticonvulsivantes sem sucesso Refere histórico de quatro tentativas de suicídio. Apresenta-se com distimia, hipobulia, hipocinesia, déficit cognitivo moderado e dificuldade de concentração, realizou vários eletroencefalogramas e exames de imagem dentro da normalidade. Solicitado familiares registro em vídeo pelo celular das crises, observado movimentos exteriotipados e repetitivos sem características epilépticas, solicitado vídeoeletroencefalograma de 24 horas não identificado padrão patológico, encaminhada à psiquiatia/psicologia para uma psicoeducação do paciente e familiares.

Conclusões/Considerações Finais

O diagnóstico de CNEP é difícil de ser realizado, o nível insatisfatório de conhecimento por parcela significante da população brasileira, incluindo profissionais da saúde, suscita dificuldade na distinção diagnóstica entre epilepsia e CNEP, levando a um atraso global médio no diagnóstico de sete a dez anos. Há fatores que perpetuam as crises, os quais têm íntima relação com o estresse emocional que dificultam o tratamento e, até mesmo, podem agravar o problema sendo assim os casos suspeitos devem ser investigados.

Palavras Chave

Epilepsia; crise não epiléptica; depressão

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

MOACIR ANTONIO DE PAULI JUNIOR, THIAGO POSS MOREIRA, VICENTE MARANHAO, SAMYRA SOLIGO ROSONI