Dados do Trabalho

Título

INSUFICIENCIA RESPIRATORIA POR GLIOMA CERVICO TORACICO ASCENDENTE

Fundamentação teórica/Introdução

Os gliomas são os tumores mais comuns do sistema nervoso e possuem alta refratariedade ao tratamento oncológico. Este tipo de neoplasia pode provocar quadros de Insuficiência Respiratória (IRpA) tipo II, quando há diminuição da ventilação alveolar e hipercapnia, porém a capacidade de troca gasosa entre os alvéolos e os capilares está preservada.

Objetivos

Descrever a evolução do caso de um jovem hígido com diagnóstico de neoplasia glial em T4 após início de paraplegia em membros inferiores (MMII).

Delineamento e Métodos

As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, registro fotográfico dos métodos diagnósticos com autorização do paciente e de seu responsável. Após, foi realizada revisão da literatura a cerca da temática.

Resultados

Sexo masculino, 23 anos, lúcido, vigil, eupneico em ar ambiente, internou para investigação de paraparesia e retenção vesical. Paciente evoluiu com paraplegia em MMII e lesão em uretra bulbar necessitando de sondagem vesical de demora e, posteriormente, cistostomia para cicatrização por 2ª intenção. À ressonância magnética de coluna, foi diagnosticada Neoplasia intramedular cérvico torácica em T4. Apresentou redução de força muscular em membros superiores, apresentando disparesia braquial. Progrediu com quadro de IRpA tipo II, sendo necessária intubação orotraqueal. O comprometimento respiratório pode estar relacionado à lesão medular ascendente para o nível cervical, devido a diminuição da força muscular respiratória constatada através da manovacuometria. Através da análise de parâmetros da força muscular pela fisioterapia, foi verificada a medida de pressão inspiratória máxima e expiratória a qual foram compatíveis com redução de força muscular respiratória, apresentando incapacidade de desmame de dispositivo ventilatório. Tendo em vista a evolução do quadro e o prognóstico reservado, foi utilizada a escala Palliative Performance Scale (PPS) para avaliar a funcionalidade do paciente, sendo indicado cuidados paliativos em conjunto com a família e o mesmo, recebendo então alta do Centro de Terapia Intensiva (CTI) para enfermaria.

Conclusões/Considerações Finais

O presente trabalho buscou relatar um caso de uma insuficiência respiratória decorrente de uma neoplasia glial a nível de T4, condição incomum e pouco relatada. Uma investigação aprofundada é necessária para descartar causas secundárias, já que a doença resulta em alterações respiratórias.

Palavras Chave

Neoplasia; insuficiência respiratória.

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Área

Clínica Médica