Dados do Trabalho


Título

RELAÇAO ENTRE OS CASOS CONFIRMADOS POR NASCIDOS VIVOS E O TRATAMENTO DO PARCEIRO NA SIFILIS CONGENITA: UMA ANALISE COMPARATIVA

Fundamentação teórica/Introdução

A sífilis congênita (SC) é um agravo evitável decorrente da transmissão vertical da bactéria Treponema pallidum, sendo um indicador da qualidade da assistência à saúde materno-fetal. Assim, a presença do tratamento do parceiro é de vital importância para prevenir a disseminação da doença, a reexposição de gestantes e infecção de neonatos.

Objetivos

Analisar quantitativamente a relação dos casos confirmados sífilis congênita e o tratamento dos parceiros nas regiões do Brasil, no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2021.

Delineamento e Métodos

Realizou-se estudo descritivo, transversal e retrospectivo através de coleta de dados dos índices do tratamento dos parceiros, através Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/sifilisbr.def) e do Sistema de Informações sobre os Nascidos Vivos - SINASC (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinasc/cnv/nvuf.def).

Resultados

No comparativo entre as regiões brasileiras, o Norte do país obteve uma média 60,82 de casos confirmados por 10 mil nascidos vivos (número absoluto de 9.468) e o Nordeste perfez uma média de 77,46; sendo notificados 30.958 casos no total. Já as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste foram registrados 48.242; 14.866 e 6.203 notificações, respectivamente, compondo uma taxa de incidência de 88,29; 77,53 e 52,09. Em outro âmbito, o tratamento dos parceiros também foi uma variável analisada, na região Norte brasileira, das notificações do agravo de SC cerca de 16,3% obtiveram o tratamento do parceiro sexual da gestante bem como o Nordeste que totalizou um índice de 20,6%. Ademais, as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste atingiram taxas de 16,6%; 22,7% e 28,4% relacionadas à presença do tratamento do parceiro.

Conclusões/Considerações Finais

Notou-se que o Centro-Oeste do Brasil obteve os melhores resultados, tanto a taxa de incidência da SC quanto o percentual de tratamento do parceiro, evidenciando uma divergência em relação às outras regiões brasileiras. Portanto, embora o diagnóstico rápido e o tratamento de baixo custo estejam disponíveis, a adesão dos parceiros sexuais ao tratamento da sífilis é um dos principais entraves para o controle da SC, necessitando de adoção de políticas públicas para melhorar os índices nacionais.

Palavras Chave

Sífilis Congênita; Epidemiologia; Cuidado pré-natal.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ - Amapá - Brasil

Autores

LUANE MAGALHAES PINHEIRO, MATHEUS GOUVEIA LOURENÇO, AMANDA ALVES FECURY