Dados do Trabalho


Título

TROMBOSE DA ARTERIA CAROTIDA EXTERNA DIREITA: UM RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

A ocorrência da trombose das Artérias Carótidas Externas (ACEs) é extremamente rara, não havendo evidências estabelecidas sobre sua prevalência. As causas não são muito elucidadas, porém sabe-se que pseudoaneurisma, iatrogenias, etilismo, aterosclerose, infecções e traumas podem ser motivo de sua origem. As ACEs são as principais responsáveis pela irrigação da face, sendo a artéria tireóidea, artéria lingual, artéria facial, artéria occipital, artéria auricular posterior, artéria maxilar e a artéria temporal superficial seus principais ramos.

Objetivos

Relatar um caso de trombose da artéria carótida externa.

Delineamento e Métodos

Os dados foram obtidos através da análise de prontuário e registro de exames.

Resultados

Homem, 55 anos, em acompanhamento por carcinoma basocelular (CBC) em asa nasal esquerda. Ex-tabagista, diabético tipo dois, nega etilismo. Busca atendimento oito dias após procedimento de exérese de CBC com queixa de dor em seios nasais e paranasais à direita, sendo manejado inicialmente como sinusite. Em sequência, evoluiu com ptose palpebral, pupila anisocórica e não fotorreagente à direita, desvio de rima à esquerda, disartria e ataxia. A tomografia de crânio evidenciou acidente vascular encefálico isquêmico, especificamente em região cerebelar à direita com extensão para o pedúnculo ipsilateral. Posteriormente, paciente evoluiu com edema e hiperemia em hemiface direita, e injúria renal aguda. Após dois dias, o caso foi conduzido à Unidade de Terapia Intensiva com agravamento do quadro clínico por rebaixamento do nível de consciência e isquemia progressiva em hemiface direita, evoluindo com necrose e ausência de pulso temporal. Foi solicitada angiotomografia, que evidenciou sinais de oclusão de ramos distais da artéria carótida externa direita notadamente na região temporal e oclusão das artérias carótidas internas. Devido à gravidade do evento isquêmico, envolvendo tanto as artérias carótidas externa e interna, e suas implicações neurológicas e hemodinâmicas, o paciente evoluiu para óbito.

Conclusões/Considerações Finais

A suspeita clínica perante exame físico e exames de imagem foram fundamentais para a realização do diagnóstico, visto que tratava-se de um quadro clínico inicialmente inespecífico. A trombose das ACEs pode cursar com quadro sequelar grave e possui alto índice de mortalidade, sendo assim, esse caso demonstrou que a angiotomografia, quando solicitada adequadamente pode ser fundamental para um aumento de casos, que possivelmente são subdiagnosticados.

Palavras Chave

Trombose, artéria carótida externa, angiotomografia.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer - UOPECCAN - Paraná - Brasil, Universidade Paranaense - UNIPAR - Paraná - Brasil

Autores

IGOR KEIDI OKAMOTO OISHI, GUILHERME TEORO, JOAO PAULO QUESSADA ALIBERTI, RAYANE BIOLCHI, CAIO MURILO DE ALMEIDA