Dados do Trabalho


Título

CO-INFECÇAO POR DENGUE E MALARIA: UM RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

As arboviroses como a dengue e a malária, são doenças de alta prevalência no Brasil, especialmente em região Amazônica. Embora a malária tenha prevalência mais baixa, apresenta-se endêmica em algumas regiões do país. A co-infecção por ambas as doenças é um evento raro, mas possui implicações clínicas e diagnósticas importantes.

Objetivos

Este relato visa ilustrar um caso de co-infecção de Dengue e Malária em um paciente que realizou viagem recente a região endêmica.

Delineamento e Métodos

As informações contidas neste relato de caso foram adquiridas através de prontuário, anamnese e exame físico.

Resultados

Paciente masculino, 32 anos, militar, residente no Rio de Janeiro, sem comorbidades prévias, retornou ao Rio de Janeiro, após uma missão militar em Boa Vista que havia ocorrido há 2 semanas. Buscou assistência médica na emergência do Hospital da Força Aérea do Galeão, 2 dias após retorno devido à iniciou com sintomas de artralgia, febre diária, astenia e mialgia. Os exames laboratoriais evidenciaram plaquetopenia com 66 mil/mm³, Hemoglobina (Hb) 15,1 g/dl e sem leucocitose, foi realizado sorologia para dengue no qual IgM e IgG estavam positivas. O diagnóstico inicial foi de Dengue, foi liberado com retorno em 3 dias. Paciente retornou à emergência, conforme combinado, mantendo febre diária e em seu laboratório queda importante de plaquetas para 17 mil/mm³, queda de Hb para 11,3 g/dL, bilirrubinemia com predomino de direta e azotemia. Foi internado e submetido a uma Tomografia Computadorizada de Abdômen, que evidenciou hepatoesplenomegalia. Devido ao histórico e evolução do quadro, foi realizado notificação ao Centro de Informação Estratégicas em Vigilância em Saúde por suspeita de co-infecção com Malária, que prontamente levou à realização do teste rápido e tendo resultado positivo para Plasmodium vivax. O paciente recebeu o tratamento indicado com Primaquina e Cloroquina, tendo alta hospitalar 5 dias após o diagnóstico, com melhora tanto clínica quanto laboratorial.

Conclusões/Considerações Finais

Este caso demonstra a importância, apesar de rara, do diagnostico diferencial para a co-infecção por dengue e malária, principalmente em indivíduos que viajaram para áreas endêmicas de ambas as doenças. A identificação precoce e o tratamento adequado são cruciais para evitar complicações potencialmente fatais e melhorar os desfechos clínicos.

Palavras Chave

Malária, Dengue, Co-Infecção

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Federal dos Servidores do Estado - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

CHRISTIAN ZUCOLOTTO, NICOLAS CAMARA MEDEIROS SCLIAR, RAFAEL VICENZO VALENTINI