Dados do Trabalho

Título

CARACTERIZAÇAO CLINICA-EPIDEMIOLOGICA DOS CASOS DE CANCER DE COLO UTERINO ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE MACAPA NOS ULTIMOS 5 ANOS

Fundamentação teórica/Introdução

Na Região Norte do Brasil, o câncer de colo uterino é o primeiro mais incidente entre as mulheres e apresenta como principal fator de risco a infecção pelo papiloma vírus humano (HPV) - sendo o tabagismo também citado -, e o principal fator prognóstico o estádio ao diagnóstico. No Estado do Amapá, existe somente um centro de atendimento a pacientes oncológicos através do Sistema Único de Saúde, localizado na capital.

Objetivos

Traçar perfil clínico-epidemiológico dos casos de câncer de colo uterino registrados em Macapá, capital do Estado do Amapá, entre 2018-2022.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo e transversal usando os Registros Hospitalares de Câncer (RHC), selecionando a unidade hospitalar referente e, a partir de então, realizada a pesquisa com as variáveis de número de casos por faixa etária, número de casos por tipo histológico segundo estadiamento TNM, número de casos por histórico de consumo de tabaco, número de casos por tratamento recebido e número de casos por estado da doença final.

Resultados

No período foram registrados 52 casos de câncer de colo de útero em Macapá. Desses, 9 eram em mulheres de 40-44 anos, representando 17,3% do total, enquanto na faixa etária dos 30 ao 39, foram 14, representando 26,9%. O tipo histológico mais prevalente foi o carcinoma escamocelular, seguido pelo carcinoma ductal infiltrante. No entanto, os dados sobre o estadiamento ao diagnóstico da doença são escassos, com 25 casos, do total, sem informação. Considerando os que possuem registro – 27 casos -, 12 se enquadravam no estágio 2B, o que contempla a maioria, e apenas 1 no estágio 1A. No que concerne aos fatores de risco, não há registros acerca da infecção por HPV, porém, em relação ao tabagismo, 4 eram usuárias, 9 se diziam ex-consumidoras, 18 nunca fumaram e 21 casos não havia essa informação. Do total, 34,6% dos casos foram tratados apenas com cirurgia, 3,8% apenas com quimioterapia, 9,6% com radioterapia e 3,8% com a combinação dos três. O sucesso do tratamento se deu em 39 casos, um com remissão completa e os outros 38 com doença estabilizada.

Conclusões/Considerações Finais

A partir dos dados obtidos, observou-se que a maior parte dos registros enquadrava as faixas etárias a partir dos 30 anos. Tratando-se do diagnóstico e estadiamento, poucos casos foram descobertos precocemente, ou seja, quando ainda estavam restritos ao colo, o que influencia na escolha do tratamento e no sucesso do mesmo. Contudo, apesar disso, a maioria dos casos obteve desfecho favorável.

Palavras Chave

Neoplasias, Colo do Útero, Epidemiologia, Região Amazônica, Medicina.

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Área

Clínica Médica