Dados do Trabalho


Título

DIABETES MELLITUS E PERCEPÇAO RUIM DE SAUDE NA POPULAÇAO ADULTA E IDOSA BRASILEIRA

Fundamentação teórica/Introdução

O Diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica com múltiplas complicações físicas e mentais. Por sua vez, a percepção de saúde pode ser definida como a avaliação que um indivíduo faz sobre a sua própria saúde, sendo que uma percepção negativa é capaz de provocar sentimentos negativos e desconforto. Tal percepção é influenciada por fatores fisiológicos, sociais, culturais, psicológicos e ambientais que modificam a maneira como a pessoa é afetada pelo problema experimentado.

Objetivos

Avaliar a associação entre o DM e a percepção de saúde na população adulta e idosa brasileira.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal realizado com dados da pesquisa Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (Vigitel) de 2021. Foram estudados indivíduos com 18 anos ou mais de idade, residentes nas capitais brasileiras e no Distrito Federal. O diagnóstico autorreferido de DM foi a exposição, enquanto a percepção ruim de saúde foi o desfecho. Análises descritivas para a caracterização da população foram realizadas para as variáveis sexo, idade, cor da pele, escolaridade e estado civil, DM e percepção de saúde. A relação entre o DM e a percepção de saúde foi avaliada por meio do teste Qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5% (p<0,05). O Vigitel foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Ministério da Saúde (CAAE: 65610017.1.0000.0008).

Resultados

A população estudada compreendeu 27.093 indivíduos. A prevalência de DM e de percepção ruim de saúde foi de 15,3% e 37,7%, respectivamente. Em relação a descrição da população, 65,8% eram do sexo feminino, 48,7% possuíam 60 anos ou mais, 55,9% referiram cor de pele não branca, 37% tinham 12 anos ou mais de estudo e 46,4% eram casados. Por fim, uma associação entre DM e percepção de saúde foi encontrada (p<0,001), na qual maior prevalência de percepção ruim de saúde foi encontrada nos indivíduos com DM (59,1%), em comparação aos que não tinham DM (33,9%).

Conclusões/Considerações Finais

O estudo demonstrou uma associação entre DM e percepção ruim de saúde. Isso destaca a necessidade de melhor compreender essa relação e da criação de estratégias de saúde visando a prevenção da doença e a educação em saúde da população com fins de orientações acerca de possíveis complicações da doença e formas de monitoramento.

Palavras Chave

Hiperglicemia, autoavaliação, doença crônica.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC - Santa Catarina - Brasil

Autores

RAFAELA TEZZA MATIOLA, MICAELA RABELO QUADRA, ISABELA DA SILVA LEMOS, CAROLINA ANTUNES TORRES, EMILIO LUIZ STRECK