Dados do Trabalho


Título

COMA MIXEDEMATOSO: RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

O coma mixedematoso (CM) é uma complicação rara e potencialmente fatal do hipotireoidismo grave. É marcado por letargia, hipotermia, bradicardia, hipotensão, alterações mentais e pode evoluir para coma se não for reconhecido e tratado.

Objetivos

Destacar a importância do diagnóstico precoce, enfatizando a necessidade de intervenção médica urgente.

Delineamento e Métodos

Estudo do tipo relato de caso. Obtidas informações por meio de análise do prontuário, entrevista com o paciente, registro de exames e revisão de literatura.

Resultados

Sexo feminino, 58 anos, admitida devido a prostração e dispneia iniciado há 15 dias. Hipertensa, diabética e chagásica. Faz uso de: Losartana, Hidroclorotiazida, Metformina e Sinvastatina. Ao exame: Glasgow 14 (confusa), desidratada, tempo de enchimento capilar de 4 segundos. Ritmo cardíaco regular em dois tempos, 50 batimentos por minuto, pressão arterial de 90/60mmHg. Murmúrio vesicular reduzido e presença de estertores finos em bases, saturação de 84% em ar ambiente, 20 incursões respiratórias por minuto. Laboratório: Hormônio Tireoestimulante (TSH) 73,38 microUI/mL, Tiroxina Livre (T4L) 0,10 ng/dL, cortisol basal 18.7 mcg/dL (5,3 a 22,5 mcg/dL). Tomografia de tórax: consolidações em bases. Diagnóstico: CM. Tratamento: Infusão de fluidos intravenosos (IV), iniciado Levotiroxina 200mcg/dia oral e antibioticoterapia (ATB) empírica com Ceftriaxona e Clindamicina. Evolução: A paciente foi encaminhada para terapia intensiva, intubada e mantida em ventilação mecânica (VM). Fez uso de ATB de amplo espectro (Meropenem e Vancomicina) para pneumonia associada à VM. Foi traqueostomizada (TQT). Durante a internação, mantido Levotiroxina 200mcg/dia. Após 4 meses, feita decanulação da TQT, manteve-se estável e recebeu alta com TSH de 6,08 e T4L de 1,01. Discussão: O quadro clínico é típico do CM. Níveis de TSH elevado e T4L reduzido confirmam o diagnóstico. O cortisol basal normal sugere insuficiência tireoidiana primária isolada. Feito medidas de suporte clínico e reposição hormonal com Levotiroxina oral (Tiroxina IV indisponível no serviço). Tratado infecção pulmonar (provável fator perturbador da homeostase e precipitante do CM). Teve alta com melhora clínica e níveis normais de hormônios tireoidianos.

Conclusões/Considerações Finais

O estudo ressalta a importância da conscientização sobre o CM para que seja possível um diagnóstico precoce e melhor prognóstico dos pacientes afetados.

Palavras Chave

Coma mixedematoso, manifestações, diagnóstico, tratamento.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

MATHEUS FERREIRA GOMES, CAROLINA MEDEIROS VIEIRA, CAROLINE DALVA MAGALHÃES MEDEIROS, LEIDE DAIANA SILVEIRA CARDOSO, SAMIR ALMEIDA PRATES