Dados do Trabalho

Título

RELAÇAO ENTRE CONSUMO ALIMENTAR E DEPRESSAO NO DIABETES MELLITUS: RESULTADOS DO VIGITEL 2021

Fundamentação teórica/Introdução

Fundamentação teórica/Introdução: A prevalência de depressão na população com Diabetes Mellitus (DM) está na faixa de 10% a 15%, sendo aproximadamente duas vezes maior que a prevalência de depressão em não diabéticos. Comportamentos irregulares, incluindo falta de exercício físico, não adesão à dieta e ingestão irregular de medicamentos, podem estar associados a existência de sintomas depressivos.

Objetivos

Objetivos: Avaliar a relação entre consumo alimentar e depressão no DM em adultos brasileiros em 2021.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Estudo transversal de base populacional com dados da pesquisa Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (Vigitel) de 2021. Foram estudados indivíduos com ≥18 anos de idade residentes nas capitais brasileiras e Distrito Federal e que referiram diagnóstico de DM na entrevista. O consumo regular (≥5 dias na semana) de alimentos in natura ou minimamente processados e de alimentos ultraprocessados foram as exposições. O desfecho foi diagnóstico autorreferido de depressão. Análises descritivas das variáveis foram realizadas apresentando-se frequências absoluta (n) e relativa (%). Para avaliar a associação entre consumo alimentar e depressão foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. O Vigitel foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Ministério da Saúde (CAAE: 65610017.1.0000.0008).

Resultados

Resultados: Foram estudados 27.093 brasileiros. Observou-se que 15,3% dos entrevistados referiram diagnóstico de DM e 13,1% de depressão. Mais de dois terços relataram não consumir regularmente alimentos in natura ou minimamente processados (62,2%) e 12,1% consumiam regularmente alimentos ultraprocessados. Na população com DM, indivíduos que não consumiam regularmente alimentos in natura ou minimamente processados apresentavam maior prevalência de depressão (17,8%; p=0,025) comparados aos que tinham consumo regular (15,1%). Por outro lado, indivíduos com DM que consumiam regularmente alimentos ultraprocessados apresentavam maior prevalência de depressão (23,3%; p=0,002), comparados aos que não consumiam regularmente esse tipo de alimento (16,4%).

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões/Considerações Finais: O consumo alimentar foi relacionado com a prevalência de depressão em indivíduos com DM. Isso ressalta a necessidade de medidas voltadas à educação alimentar desses pacientes, para combater complicações metabólicas e psiquiátricas associadas ao DM.

Palavras Chave

Diabetes Mellitus, Depressão, Consumo Alimentar, Doença Crônica.

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Área

Clínica Médica