Dados do Trabalho

Título

SEQUESTRO PULMONAR EXTRALOBAR E DIAGNOSTICO NEONATAL: UM RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

O sequestro pulmonar é uma rara anomalia congênita, definida pela formação de uma massa de tecido pulmonar não funcionante, separada da árvore traqueobrônquica normal. Por ser uma doença rara, com sintomatologia inespecífica e variável, a divulgação de casos com diagnóstico precoce e sucesso no tratamento é de grande relevância.

Objetivos

Descrever um caso de um paciente com rara doença e diagnóstico precoce para melhor compreensão sobre a sintomatologia e manejo de situações posteriores semelhantes.

Delineamento e Métodos

Relato de caso. Foi analisado por meio de seu prontuário, um caso de paciente com diagnóstico de sequestro pulmonar.

Resultados

Paciente masculino recém nascido prematuro (33 semanas e 6 dias) Apgar 10 e baixo peso ao nascer (1945g), com histórico gestacional de ruptura prematura de membranas e pré-eclâmpsia, permaneceu em alojamento conjunto por 11 dias para ganho ponderal.
Ao 11° dia de vida (DV), foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital com suspeita de infecção neonatal tardia, quando apresentou quadro de cianose central e hipoatividade.
Na UTI, foi instalado pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) e foi confirmada sepse tardia por pneumonia. Ao 17° DV, paciente apresentou novamente quadro de apneia, com bradicardia e cianose peitoral. No 19° DV, paciente estava estável clinicamente, com cultura periférica negativa. Além disso, foi realizado ecocardiograma, que evidenciou uma comunicação interventricular leve.
No 21° DV, paciente apresentou-se taquipneico, com vômitos, sendo solicitada tomografia de tórax com contraste. A tomografia evidenciou o sequestro pulmonar extralobar.
No 37° DV, paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico, mantendo intubação orotraqueal após. No pós-operatório (PO), paciente apresentou alguns episódios de dessaturação e bradicardia. Foi extubado em seu 6° PO, estável a partir de então. Ao 12° PO e 50° DV, recebeu alta hospitalar, com retornos aos ambulatórios de seguimento. Até a presente data, com 4 meses e meio, apresenta-se sem queixas e com parâmetros de desenvolvimento adequados.

Conclusões/Considerações Finais

Embora o sequestro pulmonar seja uma doença rara, é de imensa importância que essa possibilidade seja avaliada em pacientes com infecções de repetição, visto que o diagnóstico precoce, bem como a terapêutica adequada podem conceder um bom prognóstico e desenvolvimento normal a esses pacientes.

Palavras Chave

Sequestro pulmonar; Malformações congênitas; Infecções pulmonares

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Área

Clínica Médica