Dados do Trabalho


Título

EMBOLIA PULMONAR NO BRASIL: PANORAMA EPIDEMIOLOGICO DAS HOSPITALIZAÇOES EM UM PERIODO DE DEZ ANOS (2013-2022)

Fundamentação teórica/Introdução

A embolia pulmonar (EP) ocorre como consequência de um trombo, formado no sistema venoso profundo, que se desprende e, atravessando as cavidades direitas do coração, obstrui a artéria pulmonar ou um de seus ramos. A EP tem uma apresentação clínica geralmente inespecífica, e caracteriza-se por ser uma doença potencialmente fatal associada a uma alta letalidade se não tratada.

Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico das hospitalizações por embolia pulmonar no Brasil entre os anos de 2013 e 2022.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo, observacional, quantitativo, no qual os dados foram retirados a partir do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). As variáveis pesquisadas foram: total de internações, sexo, cor/raça, faixa etária, média de permanência das internações, óbitos e taxa de mortalidade. O período da pesquisa foi delimitado entre os meses de janeiro de 2013 e dezembro de 2022, totalizando dez anos.

Resultados

Foram registradas 88.087 hospitalizações no período estudado. Em 2013 e 2022 foram notificadas 6.397 e 11.038 internações, respectivamente. A região sudeste apresentou o maior número de hospitalizações, 48.320 (54,8%); e a região norte exibiu o menor número, 1.486 (1,6%). O sexo feminino foi responsável pela maior parte das internações, 53.895 (61%); e o sexo masculino registrou 34.192 (39%) casos. A cor/raça branca apresentou o maior número de internações, 41.530 (47%). A faixa etária com maior número de notificações foi a de 60 a 69 anos, 16.741 (19%). A média de permanência das internações foi de 9,2 dias. O total de óbitos foi de 16.497. A taxa de mortalidade em 2013 foi de 21,42; e em 2022 foi de 17,45. A taxa média de mortalidade foi de 18,73.

Conclusões/Considerações Finais

As hospitalizações por EP desenham uma curva crescente nos últimos dez anos no Brasil. O perfil epidemiológico das hospitalizações por EP foi caracterizado por mulheres brancas na faixa etária de 60 a 69 anos. No Brasil, os maiores registros de internações por EP estão localizados na região sudeste do país, o que pode ser resultado tanto da alta densidade demográfica quanto da maior oferta de recursos para se fazer o diagnóstico com mais precisão. Nesse sentido, é de suma importância maiores investimentos na infraestrutura dos serviços de saúde, principalmente nas regiões mais afastadas dos grandes centros, a fim de aumentar a acurácia dos diagnósticos de embolia pulmonar e promover o tratamento precoce para os pacientes.

Palavras Chave

embolia pulmonar, hospitalizações, perfil epidemiológico

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Centro Universitário São Lucas - Rondônia - Brasil, Universidade Federal de Rondônia - Rondônia - Brasil

Autores

PAULO VITOR DE CASTRO COSTA, HILDEMAN DIAS COSTA, YALLE MORAES SOUZA RAMOS, EMILLY CRISTINA FERNANDES FERREIRA, LARISSA LORRANA PINHEIRO DA SILVA