Dados do Trabalho


Título

PERFIL CLINICO DE PACIENTES PEDIATRICOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM UMA INSTITUIÇAO NO SUL DE SANTA CATARINA EM 2022

Fundamentação teórica/Introdução

O Trasntorno do Espectro Autista (TEA) é uma síndrome pertencente ao grupo de transtornos do neurodesenvolvimento. A prevalência de TEA tem aumentado constantemente, estima-se 1 caso para cada 36 crianças nos Estados Unidos da América (EUA). Clinicamente, esse transtorno tende a se caracterizar principalmente por déficits de interação social e comunicação associados a comportamentos repetitivos estereotipados e interesses restritos. Por conta desse perfil clínico variado, um diagnóstico precoce associado a uma terapêutica adequada auxilia na evolução da qualidade de vida destes pacientes.

Objetivos

Avaliar o perfil clínico de pacientes com TEA em uma instituição no sul de Santa Catarina.

Delineamento e Métodos

Foram avaliados 118 pacientes de zero a dez anos com TEA por meio de revisão de prontuários (estudo retrospectivo). Analisando as variáveis: sexo, idade de diagnóstico, medicamentos em uso, realização de terapia complementares, manifestações clínicas e transtornos psiquiátricos associados.

Resultados

A média da idade de diagnóstico foi de 2,92 ± 1,43. O sexo masculino se apresentou em 83,1% da população estudado e a raça a branca em 81,4%. Entre as manifestações clínicas, o atraso na fala ou linguagem esteve presente em 87,3% dos casos, seguido de dificuldade de interação com os pares, com 86,4%. Os comportamentos repetitivos foram presentes em 51,7% dos casos. Na sensorialidade, a seletividade alimentar teve 33,9% de apresentação na amostra. Além disso, no Comportamento, a agitação mostrou-se presente em 6/1%, movimentos corporais esteriotipados 55,9% e agressividade 53,4% se mostraram presentes nesta ordem de aparecimento. Terapias Complementares encontradas foram: neuropediatria, realizada por 100% dos pacientes, psicoterapia, desempenhada por 94,9% dos pacientes e terapia ocupacional, 73,7% com melhora dos sintomas.
Entre os medicamentos utilizados destaca-se a risperidona em 64,4% e o Ácido Valpróico em 20,3% . As comorbidades associadas encontra-se o déficit cognitivo em 16,9%, e TDAH em 7,6%.

Conclusões/Considerações Finais

O estudo permite uma melhor análise do perfil dos pacientes com TEA na instituição estudada, o que contribui para que profissionais e acadêmicos possam expandir seus conhecimentos sobre o tema bem como, influenciar na conduta multiprofissional. Contudo, mais estudos devem ser feitos visando aumento do reconhecimento da condição e melhora dos padrões diagnósticos desse transtorno.

Palavras Chave

TRANSTORNO DO ESPCTRO AUTISTA, PERIL CLÍNICO, PEDIATRIA

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Área

Clínica Médica

Autores

BETTINA ECHAZARRETA, MARIA JÚLIA REUS CESINO, MORGANA SONZA ABITANTE