Dados do Trabalho


Título

ANALISE DA PROBABILIDADE PRE-TESTE GUIANDO A ESTRATEGIA DE INVESTIGAÇAO EM PACIENTE COM SUSPEITA DE DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA – DISCUSSAO DO CONCEITO BASEADO NA PRATICA CLINICA

Fundamentação teórica/Introdução

A doença cardiovascular é a principal causa de morte a nível mundial e no Brasil. A morte súbita é frequentemente a primeira manifestação da Doença Arterial Coronariana (DAC), tornando primordial o diagnóstico precoce da DAC.

Objetivos

Discorrer sobre a escolha de método de investigação baseado na probabilidade pré-teste, o que por vezes é um desafio considerando as múltiplas opções de exames complementares.

Delineamento e Métodos

Relato de caso, com informações obtidas em prontuário médico eletrônico.

Resultados

Mulher de 53 anos, hipertensa, sedentária, com sobrepeso e dislipidemia que se apresenta em consulta, referindo cansaço aos esforços e um desconforto torácico anterior mal definido, ocorrendo em momentos de estresse emocional, mas nega aos esforços físicos. Nega diabetes e história familiar de DAC. Ao teste ergométrico (TE) realizado com baixa carga devido a fadiga, apresenta 1 mm de alteração do segmento ST no esforço máximo (5 minutos do protocolo Bruce) em V5-6, II, III, AVF e CM5. Negou angina. Optou-se pela investigação com uma angiotomografia de artérias coronárias (angioCT) que demonstrou coronárias normais. Apresentações como a desta paciente são frequentes, bem a de qual exame solicitar: cintilografia de perfusão do miocárdio (CPM), angioCT ou até mesmo um cateterismo cardíaco após um TE anormal em baixa carga? A análise da probabilidade pré-teste de DAC baseada na apresentação clínica é de extrema relevância na decisão. Desde as descrições clássicas feitas por DIAMOND e FORRESTER em 1979 avançamos muito em formas de precisar a probabilidade de DAC. Usando as diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia de 2019 podemos estimar que a paciente em questão tem uma probabilidade de apenas 6% de ter DAC significativa, considerada baixa, portanto um teste com alto valor preditivo negativo (VPN) como a angioCT foi a melhor escolha para excluir a presença de DAC. Pacientes idosos, principalmente diabéticos, com alta probabilidade pré-teste de DAC, testes provocativos de isquemia com potencial de quantificar a extensão e oferecer informações prognósticas adicionais, como a CPM, podem ser úteis ao clínico na orientação da melhor terapêutica.

Conclusões/Considerações Finais

A análise da probabilidade pré-teste de DAC, obtida através de uma anamnese adequada é importante para guiar a investigação, conforme demonstrado neste caso. Nessa situação, um exame com alto VPN tem a finalidade de excluir a doença em paciente com baixa probabilidade pré-teste.

Palavras Chave

PROBABILIDADE PRÉ-TESTE, DAC, ANGIO-TC, CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO DE MIOCÁRDIO, TESTE ERGOMÉTRICO

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Positivo (UP) - Paraná - Brasil

Autores

NATALIA VITOLA, JOÃO VICENTE VITOLA