Dados do Trabalho


Título

NEUROMIELITE OPTICA EM PACIENTE COM 12 ANOS DE IDADE: UM RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

Introdução: O espectro da neuromielite óptica é representado por distúrbios inflamatórios do sistema nervoso central devido à desmielinização grave imunomediada e danos axonais nos nervos ópticos e medula espinhal, o que acomete 0,005% dos adultos, 10x mais em mulheres, com início entre 32 e 41 anos. A clínica inclui ataques agudos, isolados ou não, de neurite óptica bilateral ou rapidamente sequencial (perda visual grave) ou mielite transversa (fraqueza nos membros, perda sensorial e disfunção da bexiga) que ocorrem ao longo de dias, com recuperação em semanas, havendo uma deterioração gradual e incapacidade, com elevada taxa de mortalidade; contudo, a partir da confirmação do diagnóstico (RNM e anticorpos), pulsoterapia associada a plasmaferese simultaneamente é indicada para os ataques e a imunoterapia de longo prazo para a prevenção de ataques.

Objetivos

Objetivos: Objetivamos relatar o caso de Neuromielite óptica em uma criança, raro nesta idade, e apresentar a necessidade de uma terapêutica adequada para melhorar a qualidade de vida da paciente.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: É um relato de caso onde as informações foram obtidas pela revisão do prontuário no local onde a paciente recebeu assistência, com laudos de exames e revisão da literatura.

Resultados

Resultados: A paciente, do sexo feminino com 12 anos de idade, apresentou episódio agudo de diplopia, nistagmo e desequilíbrio. Após 4 meses, com perda de força nos membros, foi tratada com metilprednisolona, melhorando parcialmente. Contudo, 2 meses depois, apresentou piora da perda de força nos membros, necessitando de cadeira de rodas para locomoção, confirmando Neuromielite Óptica pela RNM e dosagem de anticorpo. Em 4 meses realizou novamente metilprednisolona, sem melhora, realizando então plasmaferese, com melhora funcional. Atualmente deambula apenas pequenas distâncias com auxílio e ainda não teve tratamento preventivo para as agudizações pois não existe protocolo do ministério da saúde e o SUS disponibiliza o fármaco para outras patologias.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusão: Sem o início do tratamento, a paciente pode ter consequências neurológicas graves, o que demonstra a necessidade da implementação de terapia fornecida pelo SUS para essa doença. Apesar de haver poucos relatos sobre essa doença em pacientes jovens, é indispensável reconhecer e tratar adequadamente esta patologia, considerando a morbidade e impacto negativo na vida dos pacientes.

Palavras Chave

Neuromielite óptica; Terapia medicamentosa; Neromielite óptica pediátrica; Espectro de neuromielite óptica; Relato de caso.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Católica de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

JORDANA DAL-BEM PRATES, RICARDO LUBINI, RICARDO FLORES MACHADO, ERIK ANTONELLI POSSAMAI DELLA, LARISSA BIANCA RIBEIRO ALVES