Dados do Trabalho


Título

ANALISE CLINICO EPIDEMIOLOGICA DOS DOADORES FALECIDOS NOS TRANSPLANTES RENAIS REALIZADOS NO ANO DE 2019 EM UMA INSTITUIÇAO DE SANTA CATARINA

Fundamentação teórica/Introdução

O transplante renal trata-se do tratamento mais efetivo para a insuficiência renal crônica terminal, sendo que a sobrevida após o procedimento varia conforme a qualidade do órgão transplantando e a saúde do receptor. Para avaliar o órgão ofertado destaca-se e se faz uso do Índice de Risco do Doador Renal (KDPI), que avalia 10 fatores do doador, classificando a qualidade dos rins ofertados. Um KDPI mais baixo está relacionado a uma sobrevida prevista mais longa, enquanto que um mais alto está associado a uma sobrevida mais curta.

Objetivos

Traçar o perfil epidemiológico dos doadores falecidos do ano de 2019 de uma instituição Catarinense nos transplantes renais.

Delineamento e Métodos

Pesquisa retrospectiva, quantitativa e de análise documental, analisando o perfil clínico epidemiológico de 98 doadores de órgãos, dos quais alocaram seus rins para os transplantes renais que aconteceram em uma instituição catarinense no ano de 2019. As variáveis foram analisadas por meio da revisão dos prontuários eletrônicos e dados das fichas de disponibilização de rins para transplante fornecidos pela Central Estadual de Transplantes de Santa Catarina. Foram coletados dados sociodemográficos e pondero- estatural, como: idade, sexo, região do Brasil (procedência), raça, altura, peso; Tipagem sanguínea; Causa da morte; Exame laboratorial (creatinina sérica) e Antecedentes pessoais (história de HAS, história de DM, vírus hepatite C e Parada cardiorrespiratória). Posteriormente foi realizado o cálculo do KDPI, através da calculadora virtual disponibilizada pela OPTN.

Resultados

Dentre as características clínico epidemiológicas dos 94 doadores falecidos renais, encontra-se um predomínio do sexo masculino, com idade média de 38,5 anos, peso médio de 75 Kg e estatura média de 1,70 metros, sendo considerados multirraciais, a maior procedência dos órgãos doados foi do município de Joinville – SC. A tipagem sanguínea que prevaleceu no estudo foi o grupo O+, a principal causa de morte foi o AVC hemorrágico, a média da última creatinina sérica foi de 0,9 mg/dL. O cálculo do KDPI teve como média 40%, somente 8 doadores falecidos obtiveram KDPI maior ou igual a 70%.

Conclusões/Considerações Finais

O perfil dos doadores falecidos é uma importante forma de conhecimento para os transplantes, sendo que o escore do KDPI consegue predizer a qualidade dos rins alocados e o prognóstico do receptor. Neste estudo observa-se que o perfil dos doadores renais da fundação catarinense é excelente, visto que somente 8 doadores falecidos tiveram KDPI maior que 85%.

Palavras Chave

Transplante renal. Doadores falecidos. KDPI.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Contestado - Santa Catarina - Brasil

Autores

LARISSA GRANDO GIACOMIN, RAFAEL MARQUES DA SILVA, AMANDA DO VALE BELLI, ROBSON PEREIRA DOS SANTOS