Dados do Trabalho

Título

PREVALÊNCIA DO USO DE BEBIDAS ENERGÉTICAS ENTRE JOVENS E SEUS EFEITOS CARDIOVASCULARES

Fundamentação teórica/Introdução

As doenças cardiovasculares (DCV) estão entre as causas mais importantes de morbidade e mortalidade no mundo, com grande parte delas sendo consideradas preveníveis. Entre os fatores predisponentes atuais, o consumo de bebidas energéticas aumentou consideravelmente nos últimos anos, com um direcionamento, principalmente, para jovens adultos, possuindo como efeitos principais o aumento da pressão arterial sistêmica e taquicardia.

Objetivos

Determinar a prevalência dos sintomas cardiovasculares em jovens usuários de bebidas energéticas.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal, observacional e analítico, com abordagem quantitativa. Realizado em jovens de 18 a 45 anos, que responderam ao formulário eletrônico de pesquisa, no estado do Paraná- PR, enviado aos participantes por meio das mídias sociais e grupos de conversas online. Os dados coletados foram categorizados conforme a presença de sintomas cardiovasculares e a prevalência de acordo com a idade e sexo. Foram especificadas o nível de conhecimento sobre os efeitos adversos, a necessidade de atendimento médico e hospitalização, o tratamento utilizado e após essa categorização foram elaborados tabelas e gráficos para posterior análise.

Resultados

Foi possível analisar uma amostra de 84 participantes que entravam nos critérios de inclusão e exclusão. Onde foi possível constatar a prevalência no sexo feminino, e a faixa etária dos 22 anos. Em relação aos sintomas mais encontrados a taquicardia foi a mais relatada, seguida de palpitação e cefaléia, e 14,4% não apresentaram sintomas após seu uso. Após a apresentação dos sintomas, 2,38% dos participantes procuraram atendimento médico. Entre eles, cerca de metade necessitou de hospitalização, e utilização de manobras vagais, adenosina, midazolam, nifedipina e beta bloqueador. A outra metade que não necessitou de hospitalização, utilizou como medicamento, o propranolol. Além disso, a metade dos participantes que procuraram atendimento médico, mantém o controle sintomático e de forma preventiva com uso de beta bloqueador.

Conclusões/Considerações Finais

Observou-se a alta prevalência do uso energéticos por jovens, com apresentação elevada de sintomas cardiovasculares, sendo a taquicardia e a palpitação as mais encontradas. Também foi possível observar que a abordagem é unidirecional, com uma ausência de protocolos implantados e a necessidade de um fluxograma de tratamento e encaminhamentos destes pacientes.

Palavras Chave

Bebidas Energéticas; Cardiologia; Sinais e Sintomas; Emergências.

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Área

Clínica Médica